No ritmo de Jobson, Bahia abala o Fluminense de Abel Braga: 1 a 0
Atacante marca em contra-ataque aos 47 minutos do segundo tempo
Na reestreia de Abel Braga diante da torcida tricolor, o Fluminense mostrou a mesma falta de padrão e insegurança. Melhor para o Bahia, que teve Jobson inspirado. Depois de esbarrar algumas vezes na boa atuação do goleiro Diego Cavalieri, o atacante marcou o gol da vitória da equipe visitante aos 47 minutos do segundo tempo, em contra-ataque fulminante: 1 a 0.
Os pouco mais de nove mil tricolores que foram ao Engenhão mostraram irritação com o Fluminense. Muitos jogadores foram vaiados, mostrando que o time vai ter de suar muito a camisa para reconquistar o apoio da torcida.
O Fluminense volta a entrar em campo no próximo domingo, às 16, contra o Avaí, na Ressacada. Já o Bahia enfrenta no próximo sábado, às 18h30m, o Atlético-PR, na Arena da Baixada.
Primeiro tempo de poucas chances
Com uma escalação ofensiva, o Bahia começou com mais ímpeto. Logo no início, Souza se machucou. Em seu lugar entrou o estreante Junior, que possui as mesmas características de referência na área, o que manteve a estrutura tática armada por René Simões. E foi justamente do atacante a primeira grande chance da partida. Carlos Alberto, que fez sua primeira partida desde que chegou ao time, colocou a bola entre o trio de zagueiros do Fluminense e obrigou Diego Cavalieri a fazer grande defesa no chute de Junior.
Pelo lado do Tricolor Carioca, outros dois estreantes da noite tiveram atuações muito discretas. Marcio Rosário mostrou certa insegurança na zaga, tendo de receber apoio dos outros dois companheiros de setor: Gum e Edinho. Já lá na frente, Ciro lutou, buscou jogo, mas não produziu praticamente nenhuma jogada de perigo. O primeiro grande lance do Fluminense foi de Fred. Em jogada de bola parada, o camisa 9, que estava apagado na partida, subiu para cabecear. Mas antes da grande defesa de Marcelo Lomba, o árbitro já havia assinalado falta.
Com o passar do tempo, o Bahia foi se fechando na defesa e tentava aproveitar os contra-ataques. Carlos Alberto, mostrando muita vontade e a habilidade de sempre (assim como sua vocação para fazer faltas no ataque), chegou a criar algumas jogadas, mas nenhuma delas representou grande perigo. Enquanto isso, o Fluminense tentava em trocas de passe entre Souza e Conca chegar ao ataque. Nestas tentativas, conseguiu duas faltas na entrada da área. Mas ao invés de cobrar direto, o time resolveu arriscar jogadas ensaiadas que foram treinadas nas Laranjeiras. Se no treino funcionou, no jogo não chegou nem perto disso. Numa delas, Fred chutou de costas e ouviu reclamações das arquibancadas.
Pouco antes, Carlinhos driblou Jancarlos na área e desmoronou quando o lateral deu carrinho. O árbitro mandou o jogo seguir.
Com Jobson inspirado, Bahia cresce na etapa final
O cenário inicial do primeiro tempo se repetiu na etapa final. Mostrando mais vontade e organização, o Bahia partiu para cima novamente comandado por Carlos Alberto. O camisa 19 procurava sempre as tabelas com Jobson, que mostrou a costumeira habilidade, deixando sempre os zagueiros do Fluminense em estado de alerta.
A pressão existia, mas foi justamente nestes momentos que apareceu Diego Cavalieri. O goleiro, que recuperou na noite deste sábado a condição de titular no lugar de Ricardo Berna, mostrou muita segurança todas as vezes em que foi exigido. Em especial, após cobrança de falta do lateral-direito Jancarlos, revelado em Xerém. A defesa foi feita em dois tempos, mas a torcida tricolor que compareceu ao estádio sentiu confiança no goleiro.
Acuado, o Fluminense assustou apenas em lances isolados. Foram dois chutes perigosos de longa distância. O primeiro com Marquinho, que entrou no lugar de Carlinhos e ocupou a ala esquerda. Marcelo Lomba fez grande defesa. O segundo com Souza. Neste, o goleiro viu a bola explodir na trave e sobrar para Conca quase abrir o placar. A falta de chances deixou claro que Abel Braga, que fez seu primeiro jogo diante da torcida tricolor desde que voltou, ainda não conseguiu colocar um padrão de jogo no time do Fluminense.
No fim, todos foram ao ataque em busca do gol salvador. Melhor para Jobson, que recebeu livre no contra-ataque, deixou Mariano no chão, tabelou com Junior e marcou com categoria. Desta vez, Cavalieri nada podia fazer.
Fluminense 0 x 1 Bahia |
|
Diego Cavalieri, Mariano, Gum, Marcio Rosário, Carlinhos (Marquinho), Edinho, Valencia, Souza, Conca (Matheus Carvalho), Ciro (Rafael Moura), Fred |
Marcelo Lomba, Jancarlos, Paulo Miranda, Titi, Ávine, Marcone , Diones, Fahel, Carlos Alberto (Lulinha), Jobson, Souza (Junior) |
Técnico: Abel Braga |
Técnico: Renê Simões |
Gol :Jobson, aos 47 do segundo tempo |
|
Cartões Amarelos: Ciro, Gum (Fluminense), Fahel, Carlos Alberto, Titi (Bahia) |
|
Árbitro: Alício Pena Júnior (MG), auxiliado por Márcio Eustáquio Santiago (MG) e Emerson Augusto de Carvalho (SP) |
|
Data: 18/6/2011 Local: Engenhão |
|
Renda: R$193.400,00 Público: 6.827 pagantes |